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Artigo: A saúde mental no kpop precisa ser discutida

  • Foto do escritor: Portal Artpop
    Portal Artpop
  • 8 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 28 de nov. de 2019


Por: Daniela Bazi


O kpop vem crescendo cada vez mais com o passar dos anos e isso não é novidade para ninguém. Os olhos do ocidente estão voltados para a Coréia do Sul e sua grande indústria de entretenimento, tornando o k-pop literalmente em um fenômeno mundial. Mas mesmo com tanto sucesso sempre aparecem várias polêmicas.


A grande frequência de notícias negativas sobre a saúde mental dos idols é algo muito preocupante. Só no ano de 2019 já tivemos a notícia do diagnóstico de depressão do Jackson, do GOT7; o afastamento da Mina, do Twice, devido ao seu diagnóstico de transtorno de ansiedade, acompanhando a sua luta e esforço diário para voltar às atividades do grupo e os recentes suicídios da Hara, ex integrante do Kara, que a causa ainda está sendo investigada pela polícia de Gangnam, e o da Sulli, ex integrante do grupo f(x), que tirou sua própria vida devido a severa depressão que sofria e aos constantes comentários de hate que recebia na internet.


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Jackson, Mina, Hara e Sulli foram alguns dos principais nomes noticiados em 2019. / Créditos: Wikimedia Commons

O maior problema é que esses casos não foram os primeiros e, infelizmente, também não serão os últimos a serem noticiados pela mídia. Principalmente pelo grande tabu que ainda existe na Coréia do Sul quando se trata de saúde mental (que é uma grande questão da saúde pública coreana), pelo enorme número de hate desnecessário existente na internet e as inúmeras pressões impostas aos idols dentro da indústria.


Foram por esses e outros fatos que além de Sulli e Hara, também já perdemos, por exemplo, o Jonghyun, do SHINee, aos 27 anos, o Min-woo, do 100%, aos 33 e o Dong Yoon, do Spectrum, com apenas 20 anos de idade.


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Jonghyun faleceu em 2017, enquanto Min-woo e Dong Yoon faleceram em 2018 / Créditos: Reprodução Instagram

Não só a indústria do kpop precisa mudar, mas também a mídia e inclusive nós, os fãs. Com todos esses casos recentes, reacendeu uma discussão no twitter sobre o cuidado com a saúde mental dos idols e como a comunidade só fala disso quando algo extremo acontece, mas que em pouco tempo voltam os hates e comentários tóxicos. Triste, mas verdade.


Infelizmente, não é difícil encontrar comentários realmente pesados referentes a diversos idols e grupos na internet. E não entenda mal, ninguém é obrigado a gostar de todos e achar que nunca irão cometer erros. Críticas construtivas são sempre muito importantes para a evolução de um artista, mas sempre devem ser dadas com responsabilidade e empatia, porque, apesar de tudo, ainda é um ser humano que está do outro lado. E caso não goste de alguém, qual a razão de perder tempo na internet espalhando ódio gratuito? Pode parecer que não, mas esses comentários chegam até os idols. Assim como nós, meros mortais, eles também têm acesso a internet e as redes sociais. Só lembrem o caso da Sulli novamente, que está bem fresco em nossas memórias, e sofreu durante quase toda sua carreira com essa chuva de ódio sem motivo e teve o final de sua história nem um pouco feliz.


Entretanto, o ponto crucial está nas pessoas próximas aos idols. Tanto as empresas quanto todos aqueles que convivem diariamente com esses artistas precisam dar atenção ao seu estado psicológico para que casos extremos sejam evitados. Com a enorme pressão que eles sofrem todos os dias e com o olhar do público voltado para eles constantemente, o cuidado com a saúde mental deveria ser um dos tópicos mais importantes quando se trata do cuidado com o idol.


O tabu relacionado a saúde mental, infelizmente, é algo enraizado na cultura oriental, e geralmente relacionado a fraqueza e falta de sucesso, mas todos precisamos entender que não estar bem mentalmente não significa que a pessoa é fraca, mas sim que ela está doente e precisa de ajuda.


O que deixa uma leve chama de esperança, é ver que muitos idols estão começando a se pronunciar sobre o assunto e apoiando o cuidado da saúde mental, e que o governo coreano vem dando pequenos passos em relação a sociedade em geral, como a criação do Centro Nacional da Saúde Mental, no ano de 2016. Mesmo caminhando lentamente, esperamos que realmente ocorram mudanças. Nossos idols precisam ser cuidados.


Para todos que estiverem passando por um momento difícil, procurem um profissional e busquem ajuda. Em qualquer momento de necessidade, entre em contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida), no telefone 188 (ligação gratuita) ou pelo site da organização (www.cvv.org.br).

 
 
 

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